Esquilos, Estruturas Surpresas A Vida nas Casas Americanas!

As diferenças entre as casas americanas e europeias vão muito além do visual e do estilo arquitetônico tratam-se de escolhas profundamente ligadas ao clima, disponibilidade de materiais, cultura e economia. Para quem chega da Europa ou da América Latina, a predominância de casas construídas com madeira nos Estados Unidos pode parecer, à primeira vista, um grande risco, especialmente diante da facilidade com que essas estruturas podem ser afetadas por fenômenos naturais, pragas ou mesmo animais como esquilos. Construção Rápida e Econômica Enquanto na maior parte da Europa prevalece a alvenaria com tijolos, cimento, concreto, vigas maciças e telhas de cerâmica, nos Estados Unidos as casas residenciais seguem o modelo wood frame, ou seja, são erguidas com ripas de madeira de dimensões relativamente pequenas, revestidas internamente por drywall e por fora por painéis de madeira compensada ou, às vezes, placas de OSB. Esse método reduz custos, agiliza prazos e aproveita ao máximo a abundância de madeira local. Como o custo dos materiais é significativamente mais baixo nos EUA em comparação com tijolos e cimento, e a mão de obra para esse tipo de construção é altamente especializada e eficiente, o resultado são casas relativamente baratas, rápidas de construir e fáceis de reformar. Durabilidade e Fragilidade A grande crítica recai sobre a durabilidade dessas construções de madeira. Casas americanas dificilmente chegam intactas ao centenário, enquanto edifícios de alvenaria na Europa sobrevivem há séculos. A vida útil do wood frame é afetada pelo clima, pragas e a própria flexibilidade estrutural do material. Apesar disso, há muitos relatos nos EUA de casas centenárias bem conservadas, principalmente onde existe manutenção regular, substituição de peças de madeira e aplicação de vernizes ou tratamentos específicos contra fungos, cupins e apodrecimento. Vale destacar que, para regiões sujeitas a terremotos ou furacões, a leveza e flexibilidade da madeira são consideradas vantagens. Edifícios de madeira absorvem melhor vibrações sísmicas e ventos extremos, tornando-se, portanto, mais seguros nessas áreas em comparação à rigidez da alvenaria, que pode rachar ou colapsar em eventos extremos. Isolamento e Conforto Um dos pontos positivos das casas americanas é o isolamento térmico. A própria madeira já tem naturalmente propriedades isolantes. Além disso, as paredes possuem câmaras de ar que permitem a aplicação de materiais isolantes avançados, atendendo perfeitamente a climas diversos e rigorosos dos EUA. Pragas, Esquilos e Outros Problemas O modelo construtivo em madeira, por outro lado, facilita a invasão de animais silvestres como esquilos, bem maiores e mais numerosos nos EUA do que na Europa. Eles podem facilmente roer revestimentos, entrar no sótão, abrir buracos para ninhos e causar uma série de transtornos durante a noite algo impensável nas sólidas casas de tijolo europeias. Além dos esquilos, cupins são uma preocupação constante. Tecnologias modernas e manutenção ajudam a mitigar, mas não eliminam o problema. Casas de madeira podem, ainda, sofrer mais rapidamente com incêndios, embora os mecanismos de prevenção de incêndio e o rápido atendimento dos bombeiros americanos ajudem a minimizar riscos. Questão de Cultura e Praticidade A predominância do wood frame está diretamente ligada ao modelo de vida americano, que privilegia mobilidade, reformas frequentes e flexibilidade arquitetônica. Casas são vistas como bens perecíveis que podem (e devem) ser modificadas, ampliadas, modernizadas ou substituídas com o tempo, diferentemente do contexto europeu, onde o imóvel é um patrimônio quase eterno e passa por gerações. Conclusão Portanto, embora as casas americanas possam, sim, ser mais vulneráveis a certos danos causados por animais como esquilos e sejam marcantemente distintas das robustas residências europeias elas refletem uma lógica baseada em economia, rapidez e adaptação ao contexto americano. Cada tradição construtiva responde a prioridades e realidades diferentes, com prós e contras igualmente relevantes na decisão de construir um lar.